quarta-feira, 6 de abril de 2016

Resenha (Clássicos): Cream - Disraeli Gears (1967)


Por Raphael Oliveira

Eric Clapton + Psicodélicos, Jack Bruce + LSD, Ginger Baker + Inglaterra dos Anos 60!! Sim. Essa equação tem como resultado uma das maiores bandas que já passou por esta terra. E esse disco, que é o segundo álbum da banda, pra mim é um dos maiores clássicos do Rock/Blues/Psychedelic de todos os tempos. Estamos falando do Cream com o seu clássico disco Disraeli Gears!

Para quem não sabe foi nessa época que Eric Clapton foi chamado por muito de deus! Isso mesmo, quando o Cream surgiu no efervescente cenário musical Londrino da década de 60, o Cream era uma banda que inovava os seus shows que eram marcados por músicas que eram intercaladas por longos improvisos aproveitando toda a técnica dos integrantes da banda. Então o público ia a loucura com tamanha demonstração musical daquele trio. Com isso começaram a surgir pixações em diversos muros da capital Inglesa, onde exaltava o guitarrista Eric Clapton, era normal encontrar pixado nos muros da cidade a frase "Clapton is God".

Entrando no disco Disraeli Gears, este foi o segundo disco de estúdio da banda, antecedido pelo ótimo disco de estreia que se chamou Fresh Cream, que teve como um grande sucesso a música I'm so Glad.

Disraeli Gears trás já de cara a clássica Strange Brew que trás um ótimo vocal do Eric Clapton e um timbre característico de uma guitarra que já começava a dar ares mais psicodélicos para a banda, que flertava bastante com o Blues e o Country no seu primeiro disco, o que também se repetiu neste segundo disco da banda. Logo depois vem um dos maiores HINOS do Rock n Roll... Sunshine Of Your Love deve estar em todas as coletâneas de Classic Rock lançadas por esse mundo a fora, um riff marcante, uma bateria característica, a linha de vocal muito bem dividido entre o Bruce e o Clapton, ótimos solos de guitarra, linhas de baixos perfeitas, a música é uma aula de Rock n Roll e Blues.

 Em World of Pain começamos a ver um efeito de guitarra que acabou conquistando o Eric Clapton nessa época, o Wha Wha, que marca todo esse disco, não deixa de ser um efeito que só aumentou essa sonoridade psicodélica que o disco tem. O baterista Ginger Baker assume o vocal principal na música Blue Condition e apresenta um vocal mais arrastado que combina muito bem com o clima da música, posteriormente uma versão de luxo comemorativa do disco foi lançada com uma versão onde Clapton canta essa música.

Em Tales of Brave Ulysses Jack Bruce mostra o porque de ter sido considerado um dos maiores baixistas de sua época, e sentimos como a sincronia entre Clapton/Bruce funcionava tão bem. Mais uma aula de Rock n Roll!! Se na música anterior o baixo foi o destaque, nesta música, talvez a mais psicodélica de todo o disco, Ginger Baker mostra toda a sua técnica com as baquetas, We're Going Wrong conta também com um ótimo vocal um pouco mais melódico.

O disco é recheado de outras grandes músicas, vale MUITO a pena correr atrás e ouvir o disco na íntegra, inclusive está no Spotify toda a discografia da banda. Para finalizar deixo a música Outside Woman Blues, penúltima faixa do disco e que conta com riffs e solos majestosos do Slowhand, sir. Eric Clapton.



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