quarta-feira, 23 de julho de 2014

Sobre a (in)Explicável paixão pelo Vinil.

Por Raphael Oliveira



Quando me surgiu a ideia de fazer este post sobre o prazer de se ouvir o vinil, não tenho como objetivo vir com uma quantidade enorme de dados baseados em leituras de osciloscópio pra provar que a qualidade do vinil é superior a do CD ou vice versa.

Existe uma briga eterna entre os defensores da qualidade do vinil versus a facilidade e portabilidade de mídias digitais, não quero entrar nesse mérito, pois ambos detêm experiências em situações totalmente diferentes. Essa semana mesmo estava no estúdio de um amigo e levei minha vitrola e percebemos esse som mais ardido do vinil, mais na cara, mas como falei não vamos entrar nessa vibe de discussão.

Mas afinal se não falaremos sob estes aspectos, sobre o que vamos falar?

Iremos falar exatamente sobre o prazer quase inexplicável e totalmente nostálgico de, nem que seja por algumas horas, voltar sensorialmente no tempo.


Todos que estão lendo este texto, se é que já não tiveram, deveriam ter a experiência de pegar um bolachão na mão, sentir o cheiro de coisa velha, mas bem conservada e colocar a agulha em cima com todo cuidado, enquanto a bandeja já está rodando em exatos 33rpm.



Ao posicionar a agulha antes do início da faixa, ouvimos o estaladinho do famoso pipocar da agulha sobre a bolacha preta. Esses segundos que antecedem o início do som, são quase eternos quando estamos com muita vontade de ouvir aquele disco, mas quando estamos quase nos acostumando com aquele barulhinho tão aconchegante, vem os primeiros acordes daquela música.

Concluímos neste ponto o primeiro passo deste ritual, e a não ser que você esteja ouvindo o Dark Side of The Moon ou o Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band, aquele intervalo com os pipocadinhos sempre aparecerão nos intervalos de uma música pra outra.



Por falar no icônico disco dos Beatles, como eu poderia não falar da experiência de pegar a capa do disco na mão, e explorar cada centímetro da arte do encarte enquanto o som continua saindo das caixas de som.
Como não tentar acompanhar cantando a música através da letra que vem impressa na parte de trás da capa do disco? E no caso do Sargent Peppers vou além, ainda posso pegar o “brinde” que vem dentro da capa do disco, e brincar de ser o próprio Sargento Pimenta, recortar o bigode, os adornos militares e voltar para 1968 para ser integrante daquela banda mágica.


 
O que falar então daquele vinil que você encontrou no sebo, que infelizmente o antigo dono lá em 1986 fez uma dedicatória de amor escrita em caneta na capa, “Ao meu amor com carinho dedico este disco do A-ha, ouça a faixa 3 e pense no nosso amor”,  pois é, seria cômico se não tivesse estragado aquela capa tão bonita, mas que você não está nem aí pois o que vale é o som e a experiência nostálgica.






Tão empolgado com a música e no encarte nem percebemos quando o som parou de repente, o braço do toca disco levanta de vagar e volta para a sua posição de descanso, a bandeja para de rodar e aquele momento de extremo prazer é interrompido.

Porém não é a hora de se desesperar, pois é só virar o lado da bolacha negra e repetir todo o ritual ouvindo o Lado B, pois é, e ainda tem gente que me pergunta porque danado eu compro Vinil...



Além de toda essa experiência auditiva, ainda tem o prazer de comprar aqueles discos, mas este assunto eu vou deixar pra depois, mas só queria deixar registrado que caso vocês queiram repetir esse mesmo ritual descrito acima temos lugares aqui em Vitória de Santo Antão, que podemos comprar os LPs.



Tem a loja alternativa Clássicos do Rock do amigo Cristovão Osbourne, que fica no Edifício Andreza na Rua da Águia no 3° Andar do prédio.

 


A loja do Cristovão é aquele lugar aconchegante para os amantes da música, tem camisas, CD's, Dvd's e LP's pra vender. É um reduto mesmo do Rock Vitoriense.


E olha que ele nem está me pagando por essa propaganda (ainda) :)






E também a loja Record’s da Música do amigo Bartô, que fica próxima a Praça do Rotary.Onde já fui várias vezes até pra comprar VHS na época em que nem existia banda larga pra comprar (baixar) shows. Lá também se encontra vários Cd's, Dvd's e Lp's pra comprar.



Quem ainda não conhecia e for visitar um desses dois lugares pode dizer que viu este post aqui no #SomNaCidade e vê se descola um desconto... :)

Abraço a todos!

 

 

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